4,33 x, detalhe do pêndulo tocando a taça com água

4,33 x

2018-
Ajustável ao pé direito de 2,50m a 3,70m (altura), 25cm (profundidade) e 175cm (largura)
Instalação com pêndulo de madeira, circuito eletrônico e taça de cristal com água
Múltiplo atualmente em duas coleções particulares.

Um pêndulo de madeira se mantém em movimento perpétuo. No ápice do seu movimento se encontra uma taça de cristal contendo água. Pequenas alterações no fluxo de ar em torno da obra influenciam no movimento criando uma intermitência do toque. O pêndulo toca tão sutilmente nesse recipiente a ponto de ser possível visualizar ondas na superfície da água, porém não sendo possível ouvir o som. Por ser uma obra que fala sobre o silêncio, o nome da obra é uma referência à composição 4’33” de John Cage, composta de 4 minutos e meio de silêncio. Nesta obra a medida de tempo é convertida em espaço e o nome 4,33 x é o comprimento do pêndulo numa medida variável. Ao mesmo tempo o comprimento do pêndulo determina a duração do tempo da sua oscilação. Aqui, o tempo é convertido em espaço que por sua vez é convertido em tempo novamente.

A obra 4,33 x foi exibida na exposição individual Invenções Híbridas na Caixa Cultural SP em 2019, com curadoria de Fernanda Vogas e na exposição individual Tempo Infinito na Pinacoteca de São Bernardo do Campo em 2021. Também participou da coletiva Sons que escapam no Sesc Santo André em 2021, com curadoria de Paula Braga.